Igreja Matriz da Granja do Tedo - São Faustino e São Jovita
GPS: 41º 04’ 07.70’’N | 7º 36’ 54.13’’W
A Igreja Matriz da Granja do Tedo foi construída entre 1621 e 1623, tendo sido mandada edificar pelo Abade José Francisco, Abade de S. Cosmado. É um templo de arquitetura essencialmente maneirista e barroca, composto por nave única e capela-mor, com anexos e sacristia adossados ao lado norte.
A fachada principal, voltada a este, apresenta empena rasgada por vãos postos em eixo composto por portal de volta perfeita, ladeado por janelas e sobrepujado por óculo, tendo, no lado direito, duplo campanário. A fachada lateral esquerda apresenta porta travessa com arco de volta perfeita a que se sobrepõe grande lápide com inscrição epigráfica alusiva à fundação. A iluminação é feita, tanto na nave como na capela-mor, por janelas em capialço rasgadas na fachada lateral esquerda.
No seu interior conserva tetos compostos por falsas abóbadas de berço de madeira, com caixotões pintados com motivos florais na capela-mor e com motivos hagiográficos na nave. Também o subcoro se encontra forrado com caixotões pintados com cartelas, motivos fitomórficos e concheados. No batistério, situado no lado do Evangelho, na zona do subcoro, guarda-se interessante pia batismal.
O presbitério encontra-se em plano superior, separado da nave por escadaria de nove degraus, com corpos laterais avançados e guardados por balaustrada, a que se segue o arco triunfal de talha policroma, de perfil abatido e bastante amplo, criando a sensação de espaço interno único. Nele impera o interessante e majestoso retábulo do altar-mor, composto por talha dourada e policroma joanina. Também o altar das Almas, do lado da Epístola, apresenta importante trabalho de talha dourada e policroma do barroco joanino. Por sua vez, no lado do Evangelho, podemos apreciar um altar maneirista, de seiscentos, dedicado actualmente ao Sagrado Coração de Jesus, e o altar rococó de Nossa Senhora das Neves, da segunda metade do séc. XVIII.
Encontramo-nos perante um interessante templo onde é possível, através das inscrições epigráficas, percorrer com segurança as diversas fases construtivas a que foi sujeito, além de apresentar um importante recheio artístico.