PR6 - Pelas Cumeadas de Chavães
Ponto de partida / chegada | Distância | Duração | Desnível | Grau de dificuldade | Tipo de Percurso | Âmbito | Época aconselhada |
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Pelourinho de Chavães
GPS: 41º 05'17.37” N | 7º 34'06.93” W |
16,8 km | 7h | 170 m | II - Fácil | Circular | Paisagístico, Desportivo, Geológico, Biológico | Todo o Ano |
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Património Natural
- Flora: Árvores e arbustos (Carvalhal-negral; Castanheiros; Pinheiro-bravo; Sabugueiro; Sobreiro; Pilriteiro) Flores silvestres (Carqueja; Assobios; Cornichão; Giesta-amarela; Giesta-branca; Sanganho; Tojo-gadanho) e Aromáticas e Medicinais (Alfazema; Rosmaninho; Urze-vermelha; Urze-branca) Cultura agrícola (Batata; Castanheiro; Milho; Cereais)
- Fauna: Águia d'asa redonda; Burro; Cartaxo-comum; Coelho; Cotovia; Cobra-d'escada; Cuco; Felosa-do-mato; Gato-bravo; Javali; Lobo; Peneireiro; Perdiz; Picanço; Raposa; Tartaranhão
Descrição do Percurso
Este é o maior percurso e também um dos mais interessantes, pois é realizado no planalto da Serra de Chavães, estrategicamente localizada entre a região da Beira Alta, a sul, e a região de Trás-os-Montes, a norte.
As características geoclimáticas da serra condicionaram a arquitectura da paisagem e o uso da terra, bem distintas da parte restante do concelho. Predomina a cultura dos cereais e a pastorícia. Do ponto de vista natural, a serra também se destaca pela sua riqueza e especifidade faunística e florística. Descubra-as através deste percurso pedestre que também se adequa aos amantes dos passeios de bicicleta.
O percurso tem início no centro de Chavães onde se encontra o Pelourinho e uma das várias fontes de pedra da aldeia. Um pouco mais à frente, encontramos umas “alminhas” – um elemento da fé popular. Percorremos agora uma rua com casas de granito muito antigas e preparamo-nos para deixar a povoação. Segue-se uma zona de campos agrícolas relativamente grandes, pois estamos numa área planáltica de campos agrícolas relativamente grandes, pois estamos junto aos vales, como a vinha, pois o Inverno é muito mais rigoroso e é frequente ocorrerem geadas. A batata e os cereais, como o milho e o centeio, são as culturas que melhor se adaptam.
No pinhal que surge de seguida chama-nos à atenção a grande quantidade de líquenes fruticulosos presos aos ramos, indicando a qualidade do ar que aqui se respira. Continuando a ligeira subida da serra, vamos encontrar diversos castinçais, revelando a importância que a produção de castanha tem neste local.
Com alguma sorte, ainda é possível observar um ou outro velho agricultor com o seu burro, animal que em tempos assumia grande utilidade nas lides da terra, mas que hoje em dia se vê dispensado.
Do ponto de vista geológico, este percurso apresenta um extraordinário interesse. Toda a serra é de natureza granítica, como se constata através dos inúmeros afloramentos rochosos, mas ressaltam à vista umas formações que emprestam à paisagem grande beleza e monumentalidade. São os chamados “Caos de Blocos” – aglomerados de grandes blocos arredondados resultantes da ação da erosão.
Com este percurso é possível observar uma grande diversidade de aves devido à diversidade de biótopos presentes – zonas agrícolas, zonas de floresta, zonas de matos, lameiros e zonas ribeirinhas. Algumas delas muito dificilmente se deixarão observar noutras zonas do concelho como é o caso do tartaranhão-caçador e do picanço-real.
Os mamíferos também estão presentes, mas são de muito difícil observação, quer porque nos detetam mais rapidamente do que nós a eles, quer porque têm hábitos crepusculares ou noturnos, como
o coelho, a raposa e o javali. Outra razão, infelizmente, é o facto de serem raros, como acontece com o gato-bravo. Alguns lobos ainda deverão vaguear por estas terras.
Um antigo caminho conduz-nos agora até Arcos, ao longo do qual nos vão aparecendo: um antigo moinho desativado junto à linha de água no lado direito; campos com cereal, alguma vinha e árvores de fruto; condutas e represas de água para rega; já na povoação, a fonte e lavadouro público recuperado e, na descida, o antigo lavadouro com pedras gastas de granito.
Iniciamos agora o regresso ao planalto por um caminho de terra batida, em cuja parte inicial se destacam os pilriteiros – bonitos arbustos, quer pelas suas flores brancas na Primavera, quer pelas suas bagas vermelhas no Outono, bastantes apreciadas pelas aves. Nesta zona da serra predominam os matagais e os prados naturais mantidos pelo pastoreio de gado, onde podemos encontrar grande diversidade de plantas e flores silvestres, como o cornichão.
Chegados ao topo da serra, já depois de passarmos pela capela de Sta. Luzia, é altura de decidirmos se tomamos já o caminho de regresso a Chavães ou se antes disso, fazemos a incursão sugerida até ao miradouro situado por cima da povoação de Paradela, a mais de 900m de altitude. Daqui obtemos uma ampla panorâmica sobre grande parte do território de Trás-os-Montes, desde a Serra do Marão e Alvão, à esquerda, até às serranias circundantes de Vila Nova de Foz Côa, à direita. Note-se a espetacular mariola construída neste ponto e, no regresso, a “pedra do cavalo”, cujo nome não podia ser mais sugestivo.
De regresso a Chavães, e já na estrada agrícola, deparamos com extensos campos de cereal, a fazer lembrar outras paragens e, novamente, com imensos castanheiros. Já na povoação, pouco antes da igreja e do cemitério, não podemos deixar de fixar a nossa atenção sobre uma notável eira, com grandes pedras alinhadas de granito, e palheiros anexos. Podemos imaginar a utilidade que tiveram na secagem, e na extração e limpeza do cereal.
Outras Informações
- Percurso sem sinalização nem marcação.
- Fraco sinal de rede móvel em alguns pontos do percurso.
- Para mais informações contactar 254 780 000.
- A Câmara Municipal de Tabuaço não se responsabiliza por acidentes que possam decorrer durante o percorrer do trajecto.
KMZ PR6
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