PR5 - História e Natureza
Ponto de partida / chegada | Distância | Duração | Desnível | Grau de dificuldade | Tipo de Percurso | Âmbito | Época aconselhada |
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Largo da Colegiada, Barcos GPS: 41º 07'21.74”N | 7º 34'04.13”W |
7,8 km | 3:30h | 382 m | II - Fácil | Circular | Paisagístico, Desportivo, Arquitectónico, Cultural, Biológico | Todo o Ano |
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Património Natural
- Flora: Árvores e arbustos (Amieiro; Castanheiro; Cerejeira; Figueira; Freixo; Oliveira; Pilriteiro; Pinheiro bravo; Sobreiro; Teixo) Flores silvestres (Malva; Ortiga; Sargaço; Tremoceiro bravo) e Aromáticas e Medicinais (Cardo; Esteva; Papoila; Orégão; Rosmaninho)
- Fauna: Águia d'asa redonda; Chapins; Coelho bravo; Esquilo vermelho; Estorninho; Javali; Papa figos; Peto verde; Pica-pau; Pisco de peito ruivo; Rã verde; Tentilhão comum; Trepadeira azul; Trepadeira comum).
Descrição do Percurso
Este percurso liga duas aldeias – Barcos e Sta. Leocádia. Barcos é uma terra muito antiga em Tabuaço, possui um rico património arquitectónico e estatuto recente de Aldeia Vinhateira. Sta. Leocádia é uma bonita e típica aldeia debruçada sobre o rio Tedo. Entre uma e outra há um grande desnível que não custa vencer porque a paisagem é magnífica e a natureza pródiga. Floresta mediterrânea, ribeiros, campos tradicionais e os vinhedos do Douro são algumas peças desse puzzle natural que vamos visitar, caminhando por alguns belos trilhos de antiga calçada.
A aldeia de Barcos tem uma longa rua principal, ladeada por antigas casas de granito e xisto. No jardim de uma delas, em parte a pender sobre a rua, está uma árvore muito antiga e rara em Portugal – um teixo. Este exemplar tem um porte admirável e é uma fêmea, pois apresenta os seus inúmeros pequenos frutos, chamados arilhos, vermelhos e tóxicos. No centro da aldeia ergue-se o Cruzeiro dos Centenários e a Igreja Matriz, fundada possivelmente no século XIV, que é monumento nacional. Mais à frente, encontramos o antigo e imponente edifício da Colegiada, construído no século XVII, testemunho da soberania que esta aldeia já possuiu.
À saída da aldeia, atravessamos a Ribeira da Caínha e, de seguida, a Mata da Forca, referida como o local onde antigamente se puniam os condenados. Neste local, com um pouco de sorte, pode observar esquilos ou procurar no solo pinhas por eles roídas. Um pouco mais à frente, entre velhos castanheiros, é o local ideal para “ir ao rebusco”, ou seja, apanhar as castanhas de sobra. É também o local ideal para observar ou ouvir os sons de alguma avifauna local – tentilhões, chapins, trepadeiras e pica-paus, entre outros.
Depois de passar pela Fraga da Loba, um promontório granítico do lado direito, encontramos no trilho um outro ponto de interesse geológico. Trata-se de uma rocha zoomórfica, parecida com a cabeça de uma tartaruga. Mas há outro pormenor nesta rocha – duas pequenas covas brancas de onde sai um pó branco, que os locais usavam para “amaciar a barba”.
Aproximamo-nos rapidamente do sopé do Monte Sabroso, onde se localiza o Castro de Sabroso – um povoado da Idade do Ferro ocupado pelos mouros, mais tarde expulsos pelos cristãos.
Um dos monumentos mais bonitos a nível arquitectónico, do estilo românico do concelho de Tabuaço – a Capela Românica de Sta. Maria do Sabroso. É considerada uma das igrejas mais antigas de Portugal.Se quisermos, podemos subir até ao marco geodésico – o ponto mais alto do monte, e desfrutar de mais uma panorâmica duriense. O parque de merendas e a sombra das frondosas árvores convidam-nos a uma paragem contemplativa.
Seguimos depois encosta abaixo, calcorreando um trilho de pé posto que serpenteia por entre sobreiros. Repare nas marcas de sucessivos descortiçamentos na casca das árvores. Chegamos a uma pequena veiga de agricultura tradicional em socalcos. Atravessando-a, passamos por uma antiga mina, escavada manualmente na rocha granítica, e por duas antigas casas de pedra. O percurso até Sta. Leocádia é agora feito através de uma antiga calçada entre pinhal e sobreiral. Repare nos sulcos gravados nas pedras por incontáveis passagens das rodas metálicas de carros puxados por animais.
À chegada a Sta. Leocádia encontra uma pequena capela cujo adro serve de miradouro. Ao percorrer a rua principal podemos observar antigas casas com fachada original, visitar a igreja e refrescar-nos no fontenário. Ao deixarmos a aldeia, observamos do lado direito novo promontório rochoso – o Cabeço da Pena, sobre o qual pairam frequentemente as águias-d’asa-redonda. A última construção da aldeia é o cemitério, cujo nome é, o mínimo, poético – “Repouso da vida”, onde se destacam quatro grandes e fusiformes ciprestes.
Atravessando a estrada, iniciamos o regresso a Barcos, por entre vinha, oliveiras e vegetação natural. No Verão, a cerejeiras e as figueiras proporcionam-nos um lanche energético para a subida. Mas antes que ela se torne acentuada vai ter o prazer de passar pelo que resta de um velho e pedregoso trilho de pé posto que o conduz a uma luxuriante e ruidosa ribeira. Este troço é ideal para observar algumas plantas aromáticas e medicinais. Junto à linha d’água dominam os freixos e os fetos. De entre os animais podemos observar os anfíbios.
Outras Informações
- Percurso sem sinalização nem marcação.
- Fraco sinal de rede móvel em alguns pontos do percurso.
- Para mais informações contactar 254 780 000.
- A Câmara Municipal de Tabuaço não se responsabiliza por acidentes que possam decorrer durante o percorrer do trajecto.
KMZ PR5
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