PR4 - Anfiteatro de Vinha
Ponto de partida / chegada | Distância | Duração | Desnível | Grau de dificuldade | Tipo de Percurso | Âmbito | Época aconselhada |
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Miradouro Nossa Senhora de Fátima, Valença do Douro - Tabuaço GPS: 41º 09'35.08”N | 7º 33'31.88”W; |
Opção A: 6,900 km | Opção B: 16,200 km | Opção A: 3:30h | Opção B: 7h | Opção A: 310m | Opção B: 400m | Opção A: II - fácil | Opção B: III - médio | Circular | Desportivo, Paisagístico, Cultural | Todo o Ano |
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Património Natural
- Flora: Árvores e arbustos (Amendoeira; Amieiro; Cedro; Figueira; Nogueira; Oliveira; Medronheiro;) Flores silvestres (Arroz dos telhados; Dedaleiras; Ervilha brava; Silva; Umbigo de vénus) e Aromáticas e Medicinais (Alfazema; Funcho; Madresilva)
- Fauna: Cartaxo comum; Estorninho; Gralha; Guarda-rios; Milhafre preto; Melro-preto)
Descrição do Percurso
Estamos no coração do Alto Douro Vinhateiro – a região onde se produz o famoso Vinho do Porto. A vinha é cultivada nestas íngremes encostas há vários séculos, mas, para que isso fosse possível, o Homem teve que arrancar pedra ao subsolo e com ela construir muros para que a escassa terra não se perdesse. Os socalcos acompanham sensivelmente as curvas de nível, rodando com as encostas, em linhas sinuosas e harmoniosas. Tão árduo e aturado trabalho resultou numa paisagem cultural, de extraordinária beleza, formando monumentais escadarias de anfiteatros dispostos ao longo das encostas. Em 2001 a UNESCO declarou o Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Humanidade.
O percurso tem início na aldeia de Valença do Douro, junto ao Miradouro de Nª Sª de Fátima, onde uma harmoniosa combinação de granito e xisto forma um pequeno, mas muito bonito, jardim. Estenda o seu olhar para Oeste e deixe-se deslumbrar pela beleza natural do vale do Douro no seu percurso para a foz. Repare na surpreendente sucessão de socalcos murados tão característicos desta região Património Mundial. Ao longo de vários ´seculos, o Homem desta inóspita região soube modelar a paisagem, tornando-a admirável, e dela retirar o seu sustento.
Depois de subir alguns metros pela estrada alcatroada, entramos à esquerda, num antigo caminho que nos vai conduzir à foz do Rio Torto. Repare, logo no início da descida, na antiga Qta da Bela Vista, com o seu edifício em xisto e, a meio da encosta e rodeada de vinha, na Qta do Seixo. Existem muitas outras Quintas, de um e de outro lado do Douro, algumas delas muito famosas pela qualidade dos vinhos que produzem.
Lance agora o olhar para lá do Douro e vislumbre a paisagem grandiosa feita de relevos arredondados onde se espalham casas e aldeias brancas. Lá ao fundo, junto ao Douro, fica a famosa e pacata vila do Pinhão, em tempos, um importante cais de carregamento de vinho do Porto, que depois descia o Douro, nos não menos famosos barcos Rabelos, até às Caves em Vila Nova de Gaia onde era armazenado. É possível que seja surpreendido pelo barulho, oriundo também da outra margem, de um antigo comboio turístico a carvão, percorrendo a panorâmica e antiga linha ferroviária do Douro (construída entre 1875 e 1887).
Atingindo o ponto mais baixo deste percurso, o caminho conduz-nos agora em ligeira subida por uma estrada rural de terra batida, quase sempre ladeada por filas de velhas oliveiras.
Nas margens do sinuoso rio, de nome Torto, a densa vegetação ripícola é dominada por amieiros. A partir daqui a presença de muros de xisto e dos socalcos que os sustentam, é uma constante.
Chegados a um pequeno olival, de forma triangular, seguimos em frente até às Qtas Ramos Pinto e Serôdio, iniciando de seguida a subida, não tão íngreme, mas longa, até à aldeia. Mais à frente, vai passar por vários medronheiros, espécie emblemática do tipo de vegetação original nesta região – o matagal mediterrânico.
Ao chegar à estrada alcatroada, siga pela estreita rua em frente até deparar com o Pelourinho da aldeia e uma casa brasonada de 1918. Descendo, retomamos a estrada principal e, pouco depois de passarmos pela igreja, regressamos ao ponto de partida.
Se escolhermos esta opção mais longa do percurso (Opção B), subimos a rua calcetada junto ao largo do Pelourinho que nos conduz a uma altitude considerável e propícia para se vislumbrar com clareza o vale do Távora e, na outra encosta, a vila de Tabuaço. Vamos agora calcorrear caminhos de terra entre vinhas até à Quinta do Panascal, já muito perto do rio. Esta Quinta oferece serviço de estalagem e diversas actividades de lazer num ambiente natural de grande beleza. Poderá, se entender, seguir até à foz do Távora, onde existe uma antiga ponte de pedra que serve de esplanada e um bar de apoio.
Este percurso, tal como a opção mais curta, leva-nos pelo Alto Douro Vinhateiro, colocando-nos em contacto com a vinha, os socalcos, o solo característico deste tipo de cultura. Percorrido no Verão poderemos ver os maravilhosos cachos de uva em desenvolvimento nas videiras produtoras dos tão afamados vinhos desta região.
Outras Informações
- Percurso com falhas de sinalização e marcação.
- Fraco sinal de rede móvel ao longo do percurso sendo, por vezes, inexistente.
- Para mais informações contactar 254 780 000 ou 254 789 049.
- A Câmara Municipal de Tabuaço não se responsabiliza por acidentes que possam decorrer durante o percorrer do trajecto.
KMZ PR4
BROCHURA