É sede do município, dividido em 17 freguesias. Pertence ao distrito de Viseu e está incluído na região Norte e sub-região do Douro. Como concelho está limitado a norte pelo município de Sabrosa, a leste por S. João da Pesqueira, a sueste por Sernancelhe, a sudoeste por Moimenta da Beira e a oeste por Armamar. É um concelho extremamente interessante a vários níveis: tem paisagens únicas, caracteristicamente durienses, tem um considerável património arquitectónico e as suas tradições estão, até aos nossos dias, muito vincadas na vivência dos seus habitantes. As lendas confundem os nossos sentidos e transportam-nos para a magia dos seus intervenientes – mouras encantadas, tesouros escondidos e todo um conjunto de histórias e mitos vivem até aos dias de hoje nas nossas populações. Tabuaço é terra de vinho, de azeite, de uma gastronomia inconfundível, apresentando alguns pratos singulares, como o javali. A hospitalidade do seu povo é notória e em cada casa, em cada mesa, um visitante é um amigo.
Gentílico: Tabuacense Área: 135,72 Km2 População: 6 785 hab. (2001) Densidade populacional: 49 hab./km2 Fundação do Município: séc. XIV Orago: S. João
Igreja Matriz de Tabuaço (Igreja de Nossa Senhora da Conceição) Acesso: Em Tabuaço, no Largo 5 de Outubro; Gauss: M- 247653, P- 461147, CMP, Fl. 127
Na Idade Média, Tabuaço estava ligado a uma pequena paróquia anexa a Santa Maria do Sabroso. O povoado primitivo, certamente de origem castreja, confinava-se ao lugar onde a comunidade cristã suevo-visigótica levantou a ermida em honra de São Vicente. Aliás, os achados arqueológicos, como tijolos, bocados de cimento, punhais, pregos e moedas de prata e cobre falam da presença romana no local. A igreja matriz, de invocação a Nossa Senhora da Conceição, foi construída no séc. XVII. Várias remodelações vieram a verificar-se durante os séculos XVIII, XIX e XX. De arquitectura caracteristicamente religiosa, maneirista e barroca, os retábulos colaterais apresentam algumas características da talha joanina de transição para o período rococó. A Igreja é, de facto, de construção medieval, de que não restam quaisquer vestígios, excepto no facto do volume da capela-mor formar um ligeiro ângulo, denunciando ser uma edificação anterior, totalmente remodelada e ampliada no séc. 18, mas com a estrutura e simplicidade maneiristas.
Capela de Santa Bárbara Acesso: Av. Marechal Carmona. Gauss: M - 247304, P - 461066, CMP, fl. 127
Trata-se de uma edificação caracteristicamente religiosa, maneirista e neomanuelina, construída no séc. XVI. Possui janelas neomanuelinas nas fachadas laterais e, no interior, destaca-se o retábulo-mor de talha dourada maneirista, sendo de referir o trono decorado com baixos-relevos com cenas da Paixão, o qual ostenta talha policromada do período rococó. Capela cujo orago seria Cristo Crucificado.
Capela de São Torcato e São Plácido / Capela de São Pelágio Acesso: Em Tabuaço, junto à EN 226-2; Gauss: M- 246281, P- 461338, CMP, Fl. 127
A época de Construção aponta para a primeira metade do séc. XIX, altura em que também se regista o abandono da ermida primitiva, de origem medieval, que se localizava no lugar do Ribeiro da Moa, a poente de Tabuaço. A sua arquitectura é caracteristicamente religiosa, revivalista.
Em 1881 há registos que referem terem existido em Tabuaço as "ermidas de S. Vicente, Santa Barbara e de S. Payo (Pelágio) e os oratórios dos herdeiros de Pedro Guedes de Vasconcellos, e dos de António da Motta, existindo nessa data as duas primeiras e a de S. Plácido, bem conservadas, nelas celebrando os "officios divinos"" (LEAL, págs. 468-469, 1881).
Capela de São Vicente Acesso: Em Tabuaço, no Lug. de São Vicente; Gauss: M- 247978, P- 461300, CMP, fl. 127
Época de Construção: Séc. XV
Séc. XV - data provável da edificação do templo actual e de execução da imagem de Santa Maria Romana. A sua tipologia aponta para arquitectura religiosa, vernácula e maneirista.
Segundo muitos autores, a capela assenta em local onde se desenvolveu a primeira comunidade que deu origem à povoação de Tabuaço, tendo sido encontrados inúmeros achados arqueológicos nos campos agrícolas em redor.
Museu do Imaginário Duriense O edifício foi construído no século XIX. Ainda antes de 1881, os beneméritos tabuacenses Bernardino de Sena de Macedo Pinto, José e Joaquim Ferreira de Macedo Pinto fizeram uma proposta ao Governo, com vista à criação de uma escola de instrução primária, denominada "Macedo Pinto", para o sexo masculino, dotada de uma cadeira complementar de aplicação à agricultura. Assim, a sua utilização inicial tinha funções educativas. Em finais da década de 1890 a escola encerra por falta de alunos, voltando a abrir já no século XX. Nesta altura, a biblioteca já possuía cerca de 3000 volumes. Em meados do século XX, o edifício passa a ter apenas a função de biblioteca, com utilização do restante espaço para actividades pontuais de carácter educativo e pedagógico, como foi o caso do ensino recorrente, conselho escolar, etc.
Em 2004, dá-se início às obras de adaptação do imóvel para a implantação do Museu do Imaginário Duriense, um pólo do Núcleo do Museu do Douro. O MIDU, como é denominado, alberga a exposição fotográfica da Lenda da Calçada de Alpajares, ou do Diabo, oriunda de Freixo de Espada à Cinta. O museu será, no entanto, enriquecido com outras exposições ligadas ao imaginário e à mitologia, patrimónios ricos do concelho e da região.
Além do MIDU, a região do Douro contará com os museus do Pão e do Vinho (Favaios), da Gastronomia (Lamego), do Caminho de Ferro (Barca de Alva), da Electricidade (Vila Real), da Amêndoa (Vila Nova de Foz Côa), do Arrais e da Cereja (Resende), do Vinho (São João da Pesqueira), da Seda (Freixo de Espada à Cinta), do Somagre (Vila Nova de Foz Côa) e de Barqueiros (Mesão Frio).
Paços do Concelho de Tabuaço O edifício foi construído no século XX.
Corria o ano de 1913, mais precisamente a 31 Maio, quando em sessão da Câmara, foram abertas as propostas para a execução de uma empreitada para a construção do edifício destinado aos novos Paços do Concelho, que até ali eram na Praça Victor de Macedo Pinto, num edifico do século XIX. Arquitectura é civil política, administrativa e judicial com traços revivalistas neoclássicos.
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